Ação foi promovida pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CIPA) da Sergipe Gás S/A (SERGAS)
Dando prosseguimento a programação de palestras e treinamentos realizados pela CIPA, ocorreu na manhã desta quarta-feira (08), uma palestra de interesse ao público interno de colaboradores da SERGAS. Dessa vez, a palestra versou sobre a doação de órgãos ou de tecidos, ato pelo qual é manifestada a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas.
O Brasil ocupa a segunda posição entre os países que mais realizam transplantes – atrás apenas dos Estados Unidos – ainda assim, temos mais de 52 mil brasileiros que aguardam por um transplante.
Através de pesquisa realizada pela doutora Viviane Fernandes Conceição, a palestra delineou o quadro sergipano da doação de órgãos – através do Instituto Doar-se, abordando vários temas correlatos a doação de órgãos, com temática antropológica, cultural, estatísticas, conscientização e compreensão dos aspectos que envolve o ato decisório de autorizar a doação.
Para Viviane Fernandes, a palestra com o tema “O Sentido da Vida e Doação”, tem como objetivo mostrar a doação não só de órgãos, mas do tempo e do silêncio, além de levar informações de como está o quadro da doação e transplante em Sergipe. “Trouxemos a mensagem aos trabalhadores da SERGAS para que prestem a atenção nas suas trajetórias de vida, e que busquem novas orientações nos seus afazeres profissionais, particulares e pessoais, para aumentar, cada vez mais, o sentido e significado das suas vidas”, explicou.
Outro objetivo da palestra foi falar sobre o Instituto DOAR-SE e divulgar suas ações para estimular a doação de órgãos, abordando públicos de crianças e adultos para a formação de uma consciência coletiva cidadã. “Temos uma taxa de negativa familiar histórica, em torno de 80% em Sergipe. Com o passar dos anos, essa taxa vem caindo, mas de forma lenta e ainda está em patamar bastante elevado. Quanto mais sergipanos passam a conhecer sobre o tema, mas aumenta os níveis de doações”, completou, informando que a média nacional, é de 40% de autorizações familiares para doações, para as pessoas que se encontram no contexto de morte encefálica, que é onde acontece a doação de múltiplos órgãos, onde uma pessoa consegue tirar da lista de espera de doação entre oito e dez pessoas.
Sobre a palestrante
Viviane Fernandes é antropóloga e doutora em Saúde e Ambiente, bacharel e licenciada em Ciências Sociais, pela Universidade Federal de Sergipe, mestre em Antropologia Social pela mesma universidade. Doutora em Saúde e Ambiente pela Universidade Tiradentes. Coordena o Projeto DOAR-SE: Ecologia humana e interdisciplinaridade na educação em saúde, voltado para conscientização da doação de órgãos, prevenção à insuficiência renal crônica e promoção da qualidade de vida de renais crônicos.
Além dos diretores da CIPA/SERGAS, John Kennedy e Alberto Magno, o evento contou com a participação de grande parte dos colaboradores da SERGAS.
Fonte: ASCOM Sergas
